Em 1958, JK lançou a Operação Pan-Americana (OPA), uma proposta de
cooperação internacional de âmbito hemisférico que visava ao
desenvolvimento econômico e político não apenas do Brasil, mas de toda
América Latina, onde o sentimento anti-americano e anti-imperialista
enraizava-se cada vez mais. As violentas manifestações ocorridas nas cidades de Lima e Caracas contra o vice-presidente americano, Richard Nixon, em visita, naquele ano, ao continente sul-americano, confirmaram tais sentimentos. Impressionado pelos incidentes, Augusto Frederico Schmidt, conselheiro e ghost-writer do presidente Kubitschek, é quem notoriamente concebe a ideia da OPA, e encoraja Juscelino a enviar uma carta ao presidente americano Dwight Eisenhower, lamentando os incidentes enfrentados por Nixon, aproveitando também para descrever seu projeto sobre um novo relacionamento a ser buscado entre todos os países americanos, na forma de um programa multilateral de desenvolvimento econômico que ao mesmo tempo se constituiria numa estratégia de defesa do continente. Após o retorno de Nixon aos Estados Unidos, JK enviou
uma carta ao presidente Eisenhower, apresentando a Operação
Pan-Americana, primeiramente como uma tentativa de recompor a unidade
continental.
JK apresentava ao presidente americano a necessidade de uma “inversão precursora nas áreas econômicas atrasadas do continente, a fim de compensar a carência de recursos financeiros internos e a escassez de capital privado. A América Latina, que também contribuiria para a vitória democrática, se viu, pouco a pouco, em situação econômica mais precária e aflitiva que as nações devastadas pela guerra, e passou a constituir o ponto mais vulnerável da grande coalizão ocidental”.
Em um período em que a Guerra Fria estava no seu ponto mais crítico, a OPA era propagandeada como um meio de se evitar a fundação de regimes socialistas, que poderiam surgir justamente como resposta à insatisfação com a realidade econômica e social, na qual os Estados Unidos tinham grande participação. O teor do projeto consistia em que os Estados Unidos assumissem um compromisso de cooperação para a erradicação do subdesenvolvimento da América Latina. Ao atrair a atenção da superpotência para os países latinos, seria possível obter maiores créditos no sistema político, levando à adesão de Washington a um bloco multilateral que combateria os problemas estruturais do continente. Os objetivos da OPA seriam alcançados por meio das seguintes metas, atingidas principalmente por meio de capitais públicos, buscando incluir todos os países americanos, sem distinção alguma: introdução de investimentos financeiros nas regiões mais necessitadas do continente; constituição de uma assistência técnica para aumentar a produtividade, levando a maior retorno financeiro dos investimentos realizados, conservação dos preços das commodities comercializadas pela América Latina, promoção da liberalização institucional internacional, pesquisa para uma constante ampliação da pauta de recursos disponíveis;
Mas as ideias da OPA não permaneceram todas no papel. Um dos legados do projeto foi a fundação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, cujo objetivo era justamente o de financiar projetos de desenvolvimento em todo o continente.
Fontes: Infoescola
Noticisul
JK apresentava ao presidente americano a necessidade de uma “inversão precursora nas áreas econômicas atrasadas do continente, a fim de compensar a carência de recursos financeiros internos e a escassez de capital privado. A América Latina, que também contribuiria para a vitória democrática, se viu, pouco a pouco, em situação econômica mais precária e aflitiva que as nações devastadas pela guerra, e passou a constituir o ponto mais vulnerável da grande coalizão ocidental”.
Em um período em que a Guerra Fria estava no seu ponto mais crítico, a OPA era propagandeada como um meio de se evitar a fundação de regimes socialistas, que poderiam surgir justamente como resposta à insatisfação com a realidade econômica e social, na qual os Estados Unidos tinham grande participação. O teor do projeto consistia em que os Estados Unidos assumissem um compromisso de cooperação para a erradicação do subdesenvolvimento da América Latina. Ao atrair a atenção da superpotência para os países latinos, seria possível obter maiores créditos no sistema político, levando à adesão de Washington a um bloco multilateral que combateria os problemas estruturais do continente. Os objetivos da OPA seriam alcançados por meio das seguintes metas, atingidas principalmente por meio de capitais públicos, buscando incluir todos os países americanos, sem distinção alguma: introdução de investimentos financeiros nas regiões mais necessitadas do continente; constituição de uma assistência técnica para aumentar a produtividade, levando a maior retorno financeiro dos investimentos realizados, conservação dos preços das commodities comercializadas pela América Latina, promoção da liberalização institucional internacional, pesquisa para uma constante ampliação da pauta de recursos disponíveis;
Mas as ideias da OPA não permaneceram todas no papel. Um dos legados do projeto foi a fundação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, cujo objetivo era justamente o de financiar projetos de desenvolvimento em todo o continente.
Fontes: Infoescola
Noticisul